Criolo disse numa canção que não existe amor em SP. E passarinho será que tem?

 

Um ditado popular diz que quem ri à toa “viu passarinho verde”. Vislumbrar um pássaro, de qualquer cor, no cinza e caos paulistanos é realmente de deixar qualquer um feliz . E bem surpreso também. Mas assim como a gente sabe que a loucura da metrópole não tirou dela o amor (acho que até o Criolo sabe!), é possível crer que haja por aí mais passarinhos do que imaginamos, mesmo que não os vejamos.

Lat.:      S  Long.:     W   Alt. metros:
CC BY2.5/ José Reynaldo Fonseca

De fato, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) de São Paulo informa que há 372 espécies catalogadas na cidade. São aves migratórias, ou seja, que vêm de algum lugar ou vão daqui para outro, e endêmicas, exclusivas desta região. Entre elas, muitas estão, tristemente, ameaçadas de extinção.

Uns anos atrás, a mesma secretaria lançou o livro Aves da Cidade São Paulo, no qual reúne 97 espécies que podem ser vistas em 63 parques da cidade. Há desde beija-flor a coruja-buraqueira e, curiosamente, até Jaçanã (quer nome mais paulistano?). Vale muito dar uma olhada nessas e outras espécies, baixando o livro aqui .

Voltando ao passarinho verde, segundo uma das versões, a do folclorista Luís Câmara Cascudo, o passarinho em questão era o periquito, no passado associado a mensagens de amor entre enamorados e, portanto, sua visão deixava muita gente animada.

Bem menos romântico, o blog vai continuar falando de passarinhos porque eles também têm um papel importante quando se quer uma cidade sustentável. Por isso, em outros posts vamos discutir sobre como atraí-los e protegê-los. Mas isso não impede que a gente feche com poesia.

Poeminha do Contra (Mário Quintana)

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

 

Vem passarinhar com a gente!