No último postt falamos da importância de adotarmos as bicicletas cargueiras, que já são uma realidade em muitos países. Mas faltou dizer que a chamada bike courier vem ganhando espaço e corações nas principais cidades brasileiras há algum tempo…
Isso mesmo. Embora os brasileiros ainda não tenham adotado a bike para cargas mais pesadas, o serviço de mensageiros que carregam documentos e papeis que por alguma razão não podem ser enviados de forma digital já está mais do que aprovado. Quase todas as capitais do país e cidades relativamente grandes oferecem algum serviço.

A modalidade de atendimento varia. Em alguns casos, uma empresa pode contratar serviços exclusivos e personalizados para sua demanda, enquanto autônomos e pequenos empresários utilizam a entrega esporadicamente, somente quando dela necessitam. O serviço pode ser uma boa opção também para a entrega de pequenos volumes para quem trabalha com e-commerce.
Há ainda aplicativos semelhantes ao modelo do Uber, em que a função do serviço é simplesmente conectar bikers e clientes, gerenciando a tecnologia do processo assim como os pagamentos. Muitos dos serviços hoje são capazes de mapear a localização do ciclista e prever o tempo estimado de chegada ao local de destino. A forma de calcular os custos é fácil e os ciclistas entregadores também podem fazer múltiplos trajetos por preços bem camaradas, de acordo com a necessidade específica do contratante.

A impressão que se tem é que apesar dos diversos modelos de negócio existentes nessa área, ainda há espaço para se ampliar. Quem sabe você não pode ser a próxima pessoa empreendedora e criativa a aumentar as opções de mobilidade urbana sustentável e criativa em 2017?
E os motoboys?
Nas duas últimas décadas, os brasileiros aprenderam a conviver com um número crescente de motocicletas e dos chamados motoboys para serviços de entrega. A justificativa era similar: entregas mais baratas e rápidas, uma vez que o tráfego intenso e a dificuldade de estacionar acabam tornando o processo bem mais complicado para frotas de carros ou caminhonetes.
Infelizmente, outra estatística cresceu em progressão geométrica: um grande número de motoboys aparece todos os dias entre as vítimas dos acidentes de trânsito, muitos deles fatais. E isso não somente em metrópoles como São Paulo. Belo Horizonte, por exemplo, figura entre as campeãs de acidentes fatais deste tipo. O aumento dessas ocorrências resultou na indiferença cada vez maior dos cidadãos comuns com relação às vidas dessas pessoas.
Um estudo publicado numa revista acadêmica dá conta de que os motoboys são em geral homens, de 20 a 30 anos e baixa escolaridade, que encontram nesta atividade uma forma de se inserir rapidamente no mercado de trabalho, sem a necessidade de investimento em treinamento.
As empresas que hoje se utilizam das motos podem se adaptar às bicicletas? Certamente. Não só porque a Cetesb provou já alguns anos que uma moto polui o ar até quatro vezes mais que um carro, mas também porque a bicicleta diminui custos e cria uma forma de trabalho mais saudável e humanizada . Os moto boys poderiam sem muito esforço e com benefícios se converter em bike boys.

Mais rápida do que você pensa
Um entregador de bike que trabalhe em período integral pedala em média 60 km todo os dias. Por sorte, é comum que a maioria dos bikers adore justamente andar de bicicleta, como você vai poder conferir nos vídeos ao fim deste post. Muitos de fato são ciclistas apaixonados. As empresas, em sua maioria, também trazem um conceito mais moderno de gerenciamento e atendimento aos clientes, envolvendo seus ciclistas nos ideais de sustentabilidade de suas marcas.
E os que pensam que sua entrega demoraria muito mais numa entrega via bicicleta, também podem se surpreender. Nos horários de pico a magrela é mais eficiente que carros e há de se lembrar ainda que, ao contrário da moto, para contornar ou evitar um bloqueio qualquer, uma contra-mão, uma obra ou outro impedimento, o ciclista pode empurrar ou carregar a bicicleta por alguns metros sem grandes problemas.

Alguns críticos ressaltam que os ciclistas estão mais expostos aos perigos da poluição, o que é verdade se eles se concentrarem somente nas grandes vias e avenidas,. Mas talvez seja o momentopara pensarmos em novas maneiras de reduzir o acesso dos carros aos centros das cidades e torná-los cada vez mais amigáveis aos pedestres e ciclistas.
Confira alguns vídeos bacanas que falam das experiências que estão acontecendo no Brasil.
Aqui você conhece o fundador da Courrieros . Muito bom pra quem está pensando em abir um negócio de entregas e mensagens de bicicletae precisa de um empurrão.
Nesse vídeo, você conhece os sócios da Carbono Zero que falam dos conceitos da empresa e do programa de voluntariado Pedalada para o Bem
Vídeo tri maneiro da gaúcha Pedal Express que mostra o ponto de vista dos ciclistas mensageiros.
Explore alguns dos serviços já disponíveis . Tem algum na sua cidade? Compartilhe com a gente.
A Ecobike está em 10 cidades, confira: http://ecobikecourier.com.br/contato (Porto Alegre, Blumenau, Curitiba, Londrina,Cascavel, São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belo Horiozonte e Recife)
Em Porto Alegre, há ainda: Vélo Courier https://velocourier.com/ e Pedal Express
http://www.pedalexpress.com.br/area-de-cobertura-precos/
E em Curitiba tem também a Mobilibike http://www.mobilibike.net/
A Carbono Zero está na Grande São Paulo e na Baixada Santista https://carbonozerocourier.com.br/site/
A Bike Entregas atende São São Paulo e Campinas http://bikeentregas.com.br/
A Courrieros, entregas ecológicas pode ser chamada em São Paulo e Rio de Janeiro
http://www.courrieros.com.br/site/
Em Vitória tem a Pedivela https://www.facebook.com/pedivela
Dizzy Express é mais uma opção em Belo Horizonte http://www.dizzyexpress.com/
E Fortaleza tem a Bike Já https://www.facebook.com/BikeJaFortal/
A moto polui até 4 vezes mais do que um carro. Uau! Mais uma razão para investir na bike como um elemento fundamental de sustentabilidade urbana.
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Esse dado é mesmo impressionante! Principalmente se pensarmos no número enorme de motos na cidade de São Paulo.
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