8 dicas para estimular a criançada a curtir a natureza
Hoje é consenso que estar em contato com a natureza traz benefícios à saúde física e mental e isso não é diferente com as crianças. Aliás, como estão em fase de formação em tantos sentidos, essa interação é ainda mais aconselhável para elas.
Em países como a Dinamarca, apesar do mau tempo prevalecer por muitos meses do ano, faz parte da cultura que os bebês fiquem do lado de fora das casas (obviamente bem protegidos nos dias frios) em seus carrinhos, por pelo menos uma hora todos os dias. Isso para mantê-los saudáveis e com boa resistência às intempéries comuns.
A associação nacional de parques e recreação dos Estados Unidos (National Recreation and Park Association), numa tentativa de estimular que os pais levassem seus filhos aos parques com frequência, há alguns anos propôs algumas ideias para apoiar os que buscam estimular a criançada a passar mais tempo ao ar livre e a vivenciar os parques de forma divertida e prazerosa.
Idealmente, cada bairro de uma cidade deveria contar com pelo menos um parque, ao qual cada um de nós, com filhos ou não, pudesse ir várias vezes por semana. Sabemos que isso nem sempre acontece. Primeiro porque o poder público do Brasil tem falhado em garantir a área verde a que temos direito e nós como cidadãos falhamos também ao não exigir o cumprimento desse direito. Depois, porque mesmo quem mora perto de um bom parque público muitas vezes não encontra tempo para visitas. Em qualquer dos casos, as dicas a seguir podem se aplicar seja para uma visita de uma hora ou de um dia inteiro.
[Flores e plantas com formatos interessantes, como a da foto: um bom começo de conversa com a garotada.]
- Adivinha quem vive por aqui?
Mesmo que a gente muitas vezes não perceba, os parques são habitados por seres vivos diferentes. Dependendo da idade da criança, pode-se brincar de encontrar besouros, pássaros, borboletas, patos… Uma boa ideia é que cada um tenha consigo um pequeno caderninho onde possa desenhar suas descobertas. Essa atividade é ainda mais legal se feita com mais pessoas, como um grupo de amigos, por exemplo.
- Caça ao tesouro
No mesmo espírito, pode-se sair de casa com uma listinha de coisas a se encontrar na excursão pelo parque. A lista pode conter alguns itens fáceis misturados a mais difíceis, mas sempre levando em conta o que pode mesmo ser encontrado naquele determinado parque, para ninguém desanimar. O nível de dificuldade da lista também deve considerar a idade dos participantes. Por exemplo: um tipo de flor ou pássaro, uma espécie de árvore, um certo brinquedo de playground, uma folha de determinado formato… São muitas as possibilidades; e convidar as crianças na elaboração da lista pode torná-las ainda mais engajadas no passeio.
[Colorir é mais saudável ao ar livre; A natureza desperta a curiosidade.]
3. O mapa da mina
Desenhe junto com seus filhos e amiguinhos um mapa do parque. Pode ser um projeto único, em que cada um contribua com uma parte, ou pode-se combinar que cada um desenhe o seu mapa individualmente ou em pequenos grupos (para professores que visitem com seus alunos). Ao final da visita os rascunhos podem ser comparados, criando-se um grande mapa. Além de desenvolver o senso de observação e de direção das crianças, a feitura dos mapas também demonstra o que cada um considera válido para figurar na imagem. Enquanto um lago ou uma quadra esportiva parecem obrigatórios à maioria, é interessante observar como uma criança pode querer incluir um formigueiro gigante ou uma rocha diferentona. E o mapa é quase sempre um projeto em processo, que pode ser aprimorado, colorido e, quem sabe até, usado como guia por um outro grupo de crianças!
4. Hora do piquenique
Quase todo mundo tem ou deveria ter uma lembrança de piquenique num parque. Fazer uma cestinha contendo lanchinhos, água, frutas e bolo pode resultar num evento simples e delicioso. Se a criança puder participar da preparação da cestinha e da escolha do lugar adequado para o piquenique, melhor ainda! Ao final, recolher o lixo e reciclar o que seja possível é mais uma oportunidade de ensinar cidadania e respeito à natureza. E criar uma memória!
5. Nas nuvens…
Em algumas tardes ou manhãs preguiçosas, simplesmente deitar na grama e observar as nuvens com as crianças pode ser, acredite, divertido. Cada um tem de contar o que vê nas nuvens: um cachorro, um sorvete de casquinha, uma águia que vai se transformando numa cara de gato…
- Coleção de pedras
Assim como coletar conchinhas é uma atividade comum na praia, encontrar e colecionar pedrinhas diferentes pode entusiasmar os menores. Crianças maiores também podem curtir , se o lugar oferecer tipos realmente diferentes. Pode ser parte de uma competição, ou simplesmente se tranformar em um ritual de família.
7. Pega-pega, esconde-esconde…
Alguns parques são ideais para permitir que seus filhos tenham um pouco da liberdade que as ruas das grandes cidades lhes tiraram… Assim, pode ser o lugar para as brincadeiras singelas como pular corda, fazer bolha de sabão, brincar de roda… Além do aspecto lúdico e de resgate das nossas brincadeiras tradicionais, é também ótima forma de exercício físico.
8. Sujas e felizes
Infelizmente não é incomum que os pais vistam os filhos de forma pouco apropriada para um passeio no parque. Prefira roupas velhas e confortáveis e sempre que houver oportunidade, deixe que os pequenos brinquem na terra e criem suas próprias brincadeiras independentemente. Dê a eles a oportunidade de serem criativos enquanto se sujam.
Importante: Embora a tecnologia possa ser incorporada a algumas das atividades, pense no parque como uma alternativa aos jogos no celular e ao tempo em frente ao computador. Tente deixar esses dispositivos fora do alcance das crianças durante o passeio no parque e dê o exemplo, desplugando também.
Lembrou de outras boas atividades para o parque? Compartilhe com a gente!
