Água

Documentários, livro infantil, exibições públicas e até uma ferramenta digital interessante podem ajudar a manter o tema água no lugar que merece, no topo das nossas prioridades. Confira e divulgue!

Pablo e o Ciclo da Água (Raquel Ribeiro; Ilustrações: Andréia Vieira)

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A jornalista Raquel Ribeiro já tem no currículo um livro infantil A Fuga das Minhocas, que de forma divertida ensina a importância das minhocas e da compostagem de resíduos orgânicos. Agora, lança Pablo e o Ciclo da  Água, Rio de Janeiro: Ed. Bambolê (2017). Segundo ela, porém, Pablo nasceu em plenas férias e não intencionalmente ambientalista. “Ao descer de van a Sierra Nevada, no sul da Espanha, as curvas provocaram enjoo na Chantal, minha filha. Para distraí-la dei voz a um boneco de neve chamado Juan Pablo (Juan depois ‘caiu’, pois em português nem todos o leriam foneticamente ‘Ruan’). Minha grande surpresa foi encontrar o personagem nas prateleiras de uma loja em Valência na forma de Frozen , que acabara de estrear nos cinemas, e quando Olaf já conquistava a atenção da garotada. Amei a coincidência, pois acredito que ‘as ideias estão no chão’, como cantaram Os Titãs”.

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A autora, no lançamento de Pablo e o Ciclo da Água, em Florianópolis. Foto: Jean Pierre Verdaguer.

Por um ano, conta Raquel, os personagens habitaram apenas o seu repertório particular, até que por indicação de uma amiga ela conheceu a editora Bambolê. “Gostei muito do estilo transparente e humano da editora e arredondei a história para publicação. O tema da transformação dos personagens – e, claro, dos estados da água – ganhou luz, cor e movimento com as ilustrações caprichadas da Andréia Vieira”, conta.

Ela acredita que sem usar aquele tom direto do livro-que-educa, ela e Andréia conseguiram passar para as crianças o princípio “de que estamos inseridos na natureza e precisamos cuidar do planeta. Afinal, como os bonecos de neve, somos feitos de água!”. O livro já tem sido utilizado com sucesso por alguns professores do ensino fundamental em atividades pelo país e pode ser uma grande pedida para os pais que buscam introduzir o tema, de forma lúdica, para crianças pequenas.

Rios Des.Cobertos: Exibição no Sesc Carmo 

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A exibição que já passou pelo Sesc Vila Mariana e encontrou nova morada no Sesc Carmo desde o dia 22 de março, pode ser visitada até 31 de maio. Por meio de pranchas e animações, o Estúdio Laborg e a iniciativa Rios e Ruas, que também promove oficinas, palestras e expedições, contam um pouco sobre os rios da cidade de São Paulo e chamam a nossa atenção para a água que está sob nossos pés. Ainda como parte do evento, a Rios e Ruas promove expedições saindo do Sesc Carmo. Trata-se de  uma caminhada guiada pelo centro da cidade (re)descobrindo os rios ocultos. A última da temporada acontece no dia 9 de maio, às 9h . Quem ainda não participou deve correr para garantir um lugar, diretamente no Centro de Atendimento do Sesc Carmo. Para saber mais, acesse o link aqui

Pra ter um gostinho da exibição, veja este vídeo bem curtinho.  Sobre as expedições, um bom exemplo apareceu num quadro dentro do Repórter Eco da TV Cultura, uns meses atrás, que também pode ser visto na página de Facebook do Rios e Ruas

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Imagem: Pixabay/CCO Domínio Público

VOLUME VIVO : Entenda a falta de água em São Paulo  

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Foto: Volume Vivo

O Volume Vivo é um projeto de pesquisa que tem o objetivo de mapear as causas e possíveis soluções da crise de água no estado de São Paulo. Com o apoio de alguns patrocinadores e de investimento coletivo, o grupo realizou esse web documentário em três episódios, cada um com duração entre 18 e 30 minutos. A direção é de Caio Silva Ferraz, que também dirigiu Entre Rios, um outro web documentário que fala da (triste) história dos rios na cidade de São Paulo.

Episódio 1 : A negação da crise

Episódio 2: A água de dentro

Episódio 3: De onde vem a água?

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Foto: Volume Vivo

Se possível veja todos e pela ordem no próprio site. Super informativa, a série nos ensina sobre a real gravidade da situação hídrica do estado, como chegamos a isso e por que as saídas apontadas pela Sabesp são meros paliativos que não vão solucionar o problema. O conteúdo é enriquecido por entrevistas relevantes, mapas e infográficos esclarecedores e muitas imagens. Se está sem tempo, guarde os links para quando sobrar espaço na sua agenda, mas não deixe de assistir a série e de divulgá-la também. O material pode servir para discussões de coletivos ambientalistas, associações de moradores e escolas ou simplemente para aprender algo muito importante. Imperdível!

Global Forest Watcher (GFB) – Water : Mapa Interativo

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O World Resources Institute é uma organização não governamental com sede em Washington, D.C., nos Estados Unidos. Foi criada em 1982 em resposta às agressões ao meio ambiente em todo o mundo, mas faz questão de se diferenciar de outras ONGs porque seu objetivo sempre foi um ativismo ambiental com base em evidências científicas. Hoje atua em muitos países, incluindo o Brasil, com escritórios em São Paulo e Porto Alegre.

Com um time de destacados profissionais e pesquisadores, o instituto organiza ações pontuais para solucionar problemas específicos relacionados ao clima, energia, comida, florestas, sustentabilidade de cidades e água. Por meio de projetos como o Global Forest Watcher também disponibiliza ferramentas digitais de acesso gratuito como mapas interativos e outros materiais. Nesse quesito, lançaram no ano passado o mapa interativo Global Forest Watcher – Water, que permite a ativistas e administradores públicos, e qualquer pessoa interessada visualizarem e aprenderem sobre a localização dos recursos de água e mais importante entenderem graficamente como o desflorestamento, o uso insustentável da terra, as queimadas e incêndios estão diretamente ligados à escassez de água. As informações do mapa podem ser vistas em diferentes línguas, incluindo a portuguesa . E é possível refinar a pesquisa de acordo com os interesses e necessidades de cada um. Visite!

Horizonte Sustentável já falou de água e rios e vai continuar falando. Se você perdeu nossos posts/matérias anteriores, siga os links abaixo:

Rios pra que te quero

Medidores de água individuais: cada um paga a sua

Lições de Aarhus (2): a ‘boca do rio’ sorri

Imagem destacada: Surajith5/ Pexel CC0 License